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Quantos Queres

Histórias, beijos, abraços. Mundos de magia e carinho, doce Menino?

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28.11.24

Godofredo e a azáfama do Natal

Maria Ribeiro

 

Bedtime Story | The Workshop of Santa Claus

Imagem: Storybooks, todos os direitos reservados e atribuídos

 

O mal de fazer contagens muito grandes de qualquer coisa é a meio ocorrer a dúvida se a conta vai certa de tal modo que necessariamente obriga a recontar do início.
Nos correios a época de Natal era um afã de cartas, postais, encomendas… vindas e idas para todos os recantos do mundo. No pouquíssimo tempo de intervalo para morder uma bucha Godofredo cogitava quem, à semelhança de correspondência, pacotes e outros, distribuiria os recém-nascidos diariamente por cada canto da Terra? Concluindo quão mais fácil era atribuir os bebés a cada país, por mais pequeno e no canto mais recôndito, sem engano algum; sendo que se, por acaso, para a Índia, a China, fosse um ou dois a mais, ninguém daria pela diferença. Que certamente seria logo notada no caso do Nauru, na Micronésia. 
"Hum? Como se organizariam as Cegonhas? Teriam igualmente Chefes de Secção, Estações, Apartados, Lojas... lidariam com Reclamações, existiria algum Departamento de Perdidos e Achados?"
Nunca tinha tempo para aprofundar os seus pensamentos nem formular um veemente desejo que o Pai Natal, ou os seus ajudantes, habituados à barafunda nesta época, pudessem esclarecê-lo sobre estas questões e outras. Já um colega ou mais, reclamavam a sua presença. Um cliente ou outro, detinham a meio percurso para o seu posto, enchendo-o de perguntas.
Mas um dia... um dia! Ele haveria de descobrir este enigma. E, nele, estaria de tal modo atento a quem lhe desvendasse o mistério que nunca, em tempo algum, se voltaria a enganar numa contagem. 

 



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